NÃO HAVIA NADA A FAZER PARA SALVAR SELENA

Retirado do artigo de PATTY REINERT

Direitos reservados 1995, Crônica de Houston,

Tradução: Raquel Alencar

Segundo o Dr. Louis Elkins cardiologista que operou Selena Quintanilla Pérez: os esforços heróicos para salvá-la foram, desde o princípio, inúteis, pois ela já estava morta quando chegou ao hospital de Corpus Christi. O cirurgião ainda ressaltou que se tivesse sido o doutor que primeiro a atendeu no hospital,não teria sequer iniciado a operação porque não havia nada a fazer. Contudo, devido ao outro médico que a atendera na emergência, ter decidido reavivá-la, Elkins sentiu-se obrigado a continuar com a cirurgia. (...) No julgamento Elkins testemunhou que quando chegou à sala de emergência na manhã quinta-feira(31/03/95), outro doutor já tinha aberto o tórax da Selena e estava massageando com as próprias mãos o coração, tentando reanimá-lo. Elkins afirmou que não havia evidência de funções neurológicas. Não havia sangue irrigando o cérebro. As pupilas estavam fixas e dilatadas. Selena estava sem respirar, sua pressão e pulsação era zero, ou seja, estava sem os sinais vitais(...)O pulmão de direito da cantante também tinha sido penetrado pela bala, e sua clavícula foi destruída. Uma artéria do tamanho de um lápis que sai do coração, tinha sido partida em duas, pela bala do revólver de calibre 38. " Selena tinha perdido quase todos seu sangue, não havia mais sangue no seu sistema circulatório.(...) Foi um desastre, na minha opinião era inútil continuar, afirmou o cirurgião. Durante o julgamento os advogados de defensa indagaram a Elkins se o pai de selena, Abraham Quintanilla Jr. teria insistido que não fosse feita transfusão de sangue para sua filha devido às suas convicções religiosas por ser testemunha de Jehová. O cirurgião disse que desconhecia o pedido de Quintanilla e que apesar de respeitar a fé deles, mesmo que tivesse conhecimento dessa proibição teria continuado com as transfusões. Contudo, nem a maior quantidade de sangue traria Selena de volta a vida. O médico legista Lloyd White que fez a autópsia do corpo de Selena, um dia depois de sua morte, concordou com as afrimações Elkins, ou seja, a cantante simplesmente sangrou a morte ". White pronunciou a morte como homicídio doloso, ou seja, intencional. " Eu estou bem seguro de que arma foi intencionalmente disparada... Se a intenção de quem atirou era matar, eu não sei." Afirmou o legista. A tese exposta pelos advogados de Yolanda Saldivar consistia em alegar que o disparo foi acidental. Quando a Patricia Saum, uma das advogadas de defesa, perguntou ao perito se os mecanismos de segurança da arma poderiam ter falhado, tendo em vista que Yolanda estava balançando a arma de um lado pro outro muito nervosa e acidentalmente a arma disparou; McKinstry foi enfático ao dizer; "O único modo de uma pessoa atirar, é apertar o gatilho deliberadamente testemunhou.(...) Se você está com arma na mão apertando a arma está apertando o gatilho. Enquanto Lloyd White mostrava ao júri várias fotografias da autópsia do corpo de Selena uma jurada não conteve a emoção e começou a chorar, interrompendo os procedimentosenquanto lhe era dado um lenço. Revolver que matou Selena foi destruído Então vela perguntou quem tinha atirado e Selena lhe disse "Yolanda do quarto 158." No mesmo ano o julgamento de Yolanda começou. A imprensa deu destaque ao caso que foi noticiado em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. (JORNAL NACIONAL) Fãs de Selena lotavam a frente do Tribunal protestando contra Yolanda com cartazes. Em outubro de 1995, Yolanda foi condenada a prisão perpétua pelo assassinato de Selena.